I
Puedo estar aquí
yo puedo estar aquí perfectamente pobre
un cirio me encendí espuela aguda
el viento ritmo negro lo asesinó
puedo estar aquí
― el musgo es lento como la sombra ―
y sé de memoria la voz ciega de las canciones
(viola de silencio despiértame)
que yo puedo estar aquí perfectamente piedra
insomne
y un largo secreto impersonal
bordando mi soledad
Luiza Neto Jorge (Lisboa, 1939-1989), Periódico de Poesía, Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), n° 107, marzo de 2018
Traducción de Álvaro Cortés
Assirio & Alvim - Poetry International - Escritas - Bertrand - João Roque/Rádio e Televisão de Portugal / You Tube - Escritores Online
Puedo estar aquí
yo puedo estar aquí perfectamente pobre
un cirio me encendí espuela aguda
el viento ritmo negro lo asesinó
puedo estar aquí
― el musgo es lento como la sombra ―
y sé de memoria la voz ciega de las canciones
(viola de silencio despiértame)
que yo puedo estar aquí perfectamente piedra
insomne
y un largo secreto impersonal
bordando mi soledad
Luiza Neto Jorge (Lisboa, 1939-1989), Periódico de Poesía, Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), n° 107, marzo de 2018
Traducción de Álvaro Cortés
Assirio & Alvim - Poetry International - Escritas - Bertrand - João Roque/Rádio e Televisão de Portugal / You Tube - Escritores Online
Foto: RTP/Postal
5 poemas para a noite invariável [1]
I
Posso estar aqui
eu posso estar aqui perfeitamente pobre
um círio me acendi espora aguda
o vento ritmo negro assassinou-o
posso estar aqui
― o musgo é lento como a sombra ―
e sei de cor a voz cega das canções
(viola de silêncio acorda-me)
que eu posso estar aqui perfeitamente pedra
insone
e um longo segredo impessoal
bordando a minha solidão
[1] Poesia 1960-1989, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001
5 poemas para a noite invariável [1]
I
Posso estar aqui
eu posso estar aqui perfeitamente pobre
um círio me acendi espora aguda
o vento ritmo negro assassinou-o
posso estar aqui
― o musgo é lento como a sombra ―
e sei de cor a voz cega das canções
(viola de silêncio acorda-me)
que eu posso estar aqui perfeitamente pedra
insone
e um longo segredo impessoal
bordando a minha solidão
[1] Poesia 1960-1989, Assírio & Alvim, Lisboa, 2001
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